O clima ficou pesado no debate promovido pela TV Itararé,
na tarde desta segunda-feira (15). No segundo bloco do programa, destinado a
perguntas entre os candidatos, o governador Ricardo Coutinho (PSB) e o senador
Cássio Cunha Lima (PSDB) protagonizaram mais um episódio consequente do
acirramento que tomou conta da campanha eleitoral na Paraíba, nos últimos dias.
Ao formular a pergunta a Ricardo
Coutinho, Cássio procurou saber do socialista quais seriam as provas de que ele
seria o autor do vazamento de vídeo com o áudio de uma discussão entre o
governador e a primeira-dama, a jornalista Pâmela Bório.
Em resposta, o governador acusou
Cássio de fugir da apresentação de propostas e de não responder por que acumula
o recebimento mensal de R$ 52 mensais de salário, do Senado Federal e da Pensão
Especial de ex-governador, valor acima do teto constitucional de ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF).
Na réplica, Cássio afirmou que
Ricardo estava sendo “leviano”, que tentava desviar o foco do debate e que o
socialista não o questionou o tema ao ir pedir o seu apoio nas eleições de
2010. “Estou lhe processando para que você prove na Justiça a acusação de que
sou o autor da divulgação do vídeo. O que acontece é que Ricardo mudou a
postura após a Corte Eleitoral deferir o meu registro de candidatura, ele
passou a fazer ataques eleitorais”, disse o tucano.
O governador Ricardo Coutinho, na
tréplica, disse que Cássio continuava “fingindo” e não teria o que dizer a
Paraíba sobre o acumulo de salário. “O senhor recebe R$ 52 mil por mês, em
outro tempo seria um ‘marajá’. A Paraíba precisa saber e o senhor precisa
devolver esse dinheiro,” disse o socialista, que negou ainda que tenha pedido o
apoio a Cássio, em 2010: “Não foi eu que fui pedir o seu apoio, foi você que me
procurou para pedir o meu apoio em um hotel em Recife”, concluiu.
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