A Justiça Federal da Paraíba deve julgar em breve o
processo que acusa o ex-senador Wilson Santiago de passar empresas para o nome de laranjas e sonegar
cerca de R$ 30 milhões à Receita Federal. O tema foi destaque da Revista Isto É
desta semana.
Candidato ao Senado, o nome de Wilson Santiago consta em
relatório substancioso elaborado pela Receita Federal, na qual o candidato
teria nomeado “dois laranjas”, Joao de Sousa Brito e Terezinha Alves de
Oliveira, como responsáveis por empresas, que não tinham as menores condições
de honrar com os autos de infração imposto pela Receita, tendo os bens
transferidos para outra empresa,
desta feita ao próprio Wilson Santiago e sua esposa, Maria Suelly de Oliveira,
com sede no Distrito Federal.
Esta nova empresa (Terradrina
Construções LTDA) está construindo inúmeros edifícios no Distrito Federal,
provavelmente com o dinheiro sonegado da empresa constituída anteriormente
pelos “laranjas”.
Os “laranjas”, João de Sousa Brito é semianalfabeto e até
pouco tempo morava no Conjunto Tibiri, em Santa
Rita, e trabalhava na obra do deputado federal Wilson Santiago, como servente
de pedreiro. Enquanto Terezinha Alves de Oliveira sofre de insuficiência renal
grave (conforme atestado anexo no processo) e vive totalmente reclusa. Os dois
foram procurados exaustivamente pelos fiscais da Receita e nunca foram
encontrados.
João de Sousa Brito continua trabalhando como servente
numa obra em Águas Claras, nas redondezas de Brasília, já Terezinha Alves de
Oliveira, continua recolhida na casa de um parente na capital Federal, onde
depende de cuidados médicos especiais. Ambos pertencem aos quadros de
funcionários da Câmara dos Deputados.
O candidato não poderá assumir se for
condenado por infringir a Lei da Ficha Limpa.
Com Assessoria
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