sábado, setembro 14, 2013

Corpo do ex-ministro é velado no Cemitério do Redentor em SP


    O corpo do ex-ministro Luiz Gushiken começou a ser velado às 7h55 deste sábado (14), no Cemitério do Redentor, no Sumaré, Zona Oeste da capital paulista.  Gushiken morreu aos 63 anos na noite desta sexta-feira (13) no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
 O ex-ministro das Comunicações do governo Lula fazia tratamento contra câncer no estômago desde 2002 e morreu em decorrência da doença. O corpo de Gushiken chegou às 7h20 ao cemitério. O filho Guilherme Gushiken, 30, pediu que a imprensa não acompanhe o velório dentro da sala.
 “Ele lutava contra um câncer havia muito tempo, mas não esperávamos. Passamos a noite em claro, é um momento de muita dor”, disse. Segundo a assessoria de imprensa do cemitério, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou presença, bem como ministros e deputados.
  A presidente Dilma Rousseff não confirmou presença no velório. De acordo com os familiares, o enterro será às 16h. Gushiken foi ministro da Secretaria de Comunicação do governo Luiz Inácio Lula da Silva Lula. Ele exerceu três mandatos de deputado federal pelo PT (1987-1990, 1991-1994 e 1995-1999).

O velório de Luiz acontece 
desde às 7h55 deste sábado (14),
em SP/Foto: Cíntia Acayaba/G1)
Durante o período de internação, recebeu no hospital visitas de integrantes do PT, entre os quais Lula, o presidente do partido, Rui Falcão, o senador Eduardo Suplicy, deputados e dirigentes sindicais.
  Bancário, Gushiken foi fundador e dirigente do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Exerceu a coordenação de campanhas presidenciais de Lula e, no ano passado, foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por falta de provas, da acusação de crime de peculato no julgamento do mensalão. A absolvição de Gushiken foi pedida pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
  O ex-ministro foi acusado de peculato (delito cometido por servidor contra a administração pública) após depoimento de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing e Comunicação do Banco do Brasil, que disse ter agido a mando de Gushiken no esquema que teria desviado, entre 2003 e 2004, R$ 73,8 milhões do Fundo de Investimento da Companhia Brasileira de Meios de Pagamento (Visanet). 
 O dinheiro seria uma das fontes de recursos públicos do chamado “valerioduto”, esquema pelo qual eram repassados recursos a parlamentares como pagamento pelo apoio político ao governo Lula em votações no Congresso, segundo o entendimento dos ministros do Supremo.
  Gushiken sempre negou as acusações e, em sua defesa, sustentou que não eram da sua alçada os recursos do fundo da Visanet.
   Depois de deixar a Secretaria de Comunicação, Gushiken passou a ocupar a chefia do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República, de onde se demitiu em novembro de 2011.
  Ele conheceu Lula quando ainda era secretário-geral do sindicato, na década de 70. Depois, foi presidente nacional do PT (1988 a 1990) e duas vezes coordenador da campanha de Lula a presidente (1989 e 1998).


Do G1 SP

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