Transformar imagem de ave (garça-branca) em obra de arte. Esta
foi a fórmula cujo artesão aposentado Aluísio Gomes de Rodrigues, de 60 anos de
idade, conhecido como ‘Tininha’, residente à rua José Cruz, em Pirpirituba,
cidade situada no Brejo paraibano, encontrou de ganhar um dinheirinho extra
para sustentar a família. Peças de tamanhos variadas, elas são expostas de
frente ao 'atelier' do artista, um casebre construído às margens da rodovia
PB-085.
Quem transita pela localidade, sentido
Guarabira/Pirpirituba ou caso contrário, na mão direito da via não tem como
deixar de perceber a ‘Barraca da Risada’, como definiu o artesão com um letreiro
forte e bem chamativo na faixa da casa de alvenaria e com cobertura de palha de
coqueiro. Nela também há duas mesas e dois bancos de cimentos para acomodar os
visitantes. Antes, Aluísio Gomes ficava numa tapera já na entrada da cidade,
próximo ao Posto de Combustíveis ‘Caipira 5’.
O gosto pela arte, conforme o artista, surgiu há alguns
anos no município de Guarabira, Agreste paraibano, e desde então não parou
mais. Cada peça ele demorar de cinco a seis dias para finalizá-la. De acordo
com o aposentado, esse é tempo que leva para preencher a forma de garça e
também da secagem do produto nos diferentes tamanhos. “Eu levo de cinco a seis
dias para fazer cada uma das peças, porque é preciso colocar na forma e esperar
secar para depois moldar até chegar ao ponto final do trabalho”, esclareceu.
Tininha finalizando a obra |
Cada peça finalizada, dependendo do tamanho, custa
entorno de R$ 15 a R$ 40. Durante a semana, segundo tininha, chega a vender de
sete a nove peças. “O ano passado, um prefeito da região do Brejo paraibano
comprou 20 peças de garça em um só dia para serem colocadas na cidade. Ele viu
o meu trabalho exposto ali, gostou e ainda me elogiou. Isso me deixa muito
satisfeito em ter o meu trabalho reconhecido”, completou.
“Falta um incentivo maior do
gestor municipal em valorizar o trabalho do artesão do município. O custo em
produzir cada peça dessas é alto. Em uma gestão anterior ainda se falou em dar
incentivo ao artista local, mas depois caiu no esquecimento e desde então não
se viu falar mais nada a respeito”, frisou.
Aluísio Gomes revelou que as peças de pequeno porte são as mais vendidas, por elas serem mais acessíveis de transportá-las em pequenos veículos. Isso não quer dizer que as outras não tenham saída. “Passo quase o dia todo aqui trabalhando, e aonde sempre aparecem amigos para jogarem conversa fora enquanto realizando o trabalho. E é assim que vou vivendo”, finalizou.
Aluísio Gomes revelou que as peças de pequeno porte são as mais vendidas, por elas serem mais acessíveis de transportá-las em pequenos veículos. Isso não quer dizer que as outras não tenham saída. “Passo quase o dia todo aqui trabalhando, e aonde sempre aparecem amigos para jogarem conversa fora enquanto realizando o trabalho. E é assim que vou vivendo”, finalizou.
Ele produz e comercializa no próprio barraco |
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