terça-feira, abril 17, 2012

Trio ao matar as vítimas utilizava da carne para rechear salgados

        Um caso bárbaro de assassinato em série vem chamando atenção da população nos últimos dias em Permambuco. Um  trio  de matadores que  além de esquartejar as suas vítimas,  ele também utilizava da carne das vítimas  para rechear salgados e os vendia em diversas partes de Caruaru e Garanhuns, ambas no Agreste. A mulher de Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Pires da Silveira, disse que vendia coxinhas, empadas, entre outros salgados, feitos com a carne das vítimas que matava. A carne era congelada, desfiada e também era utilizada para alimentar a família. A suspeita era ambulante e comercializava 
        Após depoimento dos suspeitos, foi descoberto que Jéssica Camila da Silva Pereira, a amante, na verdade, era o nome de uma moradora de rua. Ela teria sido assassinada por eles em 2008, no Bairro Novo, em Olinda. Segundo o delegado responsável pelo caso, Wesley Fernandes, Bruna Cristina da Silva adulterou todos os documentos da vítima, que na época do crime tinha apenas 17 anos.
        Ainda de acordo com a polícia, a mulher, que foi vista pelo trio pedindo dinheiro em um sinal segurando uma criança no colo, foi atraída junto, com seu filho recém-nascido, após um convite de trabalho e moradia. Tática que também foi utilizada com as outras vítimas do "trio da loucura".
        Após passar algum tempo morando junto com seus próprios assassinos, Jéssica, que era citada no livro intitulado O Diário de um Esquizofrênico, como “adolescente maldita”, acabou se envolvendo no triângulo amoroso entre Jorge, Bruna e Isabel. Dois meses depois, brigas motivadas por ciúmes fizeram com que os suspeitos colocassem em prática o plano de matar Jéssica e ficar com a criança. Os suspeitos afirmaram que precisavam de um filho para que conseguissem ter uma família mais feliz.
       O instinto assassino impressiona pelos requintes de crueldade utilizados para matar a vítima. Após esquartejá-la, eles retiraram o coração - parte que afirmaram ser a preferida -, o fígado, e os músculos da perna, ferveram e comeram juntos, numa espécie de ritual macabro, inclusive dando partes para a criança ingerir. A polícia acredita que esse mesmo ritual foi feito também com as outras vítimas.
        Em depoimento, o trio disse participar de uma seita antissemita chamada “Cartel”. Eles revelaram que discriminavam mulheres com muitos filhos e que já tivessem praticado aborto e estavam fazendo uma espécie de contenção demográfica. Isabel também confessou o assassinato de sete pessoas. Os crimes teriam sido cometidos em várias localidades do Estado. Jorge também confessou ter matado uma pessoa quando tinha 12 anos de idade. Segundo a polícia, devido à inconstância de informações repassadas pelos suspeitos e ao histórico de doença mental da dupla, a veracidade das declarações será investigada.
Uma outra pessoa que poderia ser assassinada pelo trio, e que inclusive já tinha uma vala pronta para o seu corpo, foi identificada e também se trata de uma adolescente. A polícia conseguiu encontrá-la após sua mãe reconhecer as características dos suspeitos e entrar em contato. A jovem vai prestar depoimento na tarde desta quinta-feira na Delegacia de Garanhuns.

Com a Folha de PE

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