A Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) confirmou a morte de uma criança paraibana com diagnóstico de raiva humana. Após nove dias internado na UTI pediátrica do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, o menino de 1 ano e oito meses morreu na tarde deste domingo (30). O garoto teria sido ferido por um gato há cerca de um mês na cidade de Jacaraú, tendo sido trazido por familiares para ser tratado em hospitais potiguares.
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Após ter apresentado mal estar, o menino chegou ao RN no dia 20 de agosto, quando a família o levou ao Hospital Monsenhor Pedro Moura, em Nova Cruz, na região Agreste potiguar. "Na ocasião, ele apresentava um quadro de desidratação, vômito, febre, dispnéia e hipertensão arterial", afirmou a Sesap.
De Nova Cruz, o paciente foi transferido no mesmo dia para o Hospital Infantil Varela Santiago, em Natal. "A criança apresentava agressividade, irritabilidade e fotofobia. No dia 21 de agosto, diante da necessidade de realização de uma tomografia computadorizada de crânio, foi transferido para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, na Zona Sul da capital", acrescentou a Secretaria de Saúde.
No HWG, o garoto foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo realizada a tomografia, coleta de líquor cefalorraquidiano e biópsia de folículo piloso. Estas amostras foram encaminhadas para o Instituto Pasteur, em São Paulo, e para outros laboratórios de referência para encefalites. A partir da suspeita de raiva, foi iniciado o Protocolo de Tratamento da Raiva Humana no próprio Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel.
Ao mesmo tempo, a Sesap ainda notificou a Secretaria de Saúde da Paraíba, que logo iniciou investigação no local de residência da criança. A Sesap informou também que quatro outras pessoas do município de Jacaraú - ambas feridas pelo mesmo gato - iniciaram a profilaxia antirrábica, com administração de soro e vacinas. Além destas, o pai do menino também iniciou profilaxia antirrábica.
Raiva humana
A raiva é uma zoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura e lambedura. Caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda que apresenta letalidade de aproximadamente 100% dos casos. No Brasil, caninos e felinos constituem as principais fontes de infecção nas áreas urbanas.
Com G1/RN